Nietzche dizia que para se conhecer a verdade é necessária uma auto análise psicológica.
Dizia que mesmo os grandes filósofos cometiam erros, e estes, devidos à ignorância quanto as próprias motivações pessoais, de modo que a verdade se dá através do total conhecimento de si mesmo.
Esse é uma trabalho que se torna possível somente retirando-se do contexto costumeiro, para então examinar-se à distância.
Percebo cada vez mais que essa distância me coloca na posição de observador.
Li uma frase de Osho que traz esse mesmo entendimento sobre a auto percepção, pela exposição de si para si próprio:
"Se se expõe, o irreal morre pois não consegue viver descoberto. Só pode perdurar em segredo, na escuridão.
Tenho praticado minhas buscas pelas verdades através do confrontamento.
Acordei cedo com muitos pensamentos me inundando e turvando aquela sensibilidade costumeira de uma manhã de sono bem dormido.
Em um devaneio fui levado há anos atrás, quando ainda não tinha tantos papéis assumidos nem tantas falsas obrigações para comigo mesmo.
Vi que antes trilhava um caminho de verdades, mas a falta de referências, o excesso de carência infantil e a demasiada exposição ao banal convergiu em um conformismo convencionalista que me levou a vestir máscaras e assumir papéis que não eram meus...
Acabei vivendo muito bem o cinema com seus falsos heróis e romances idealizados. Nutria a postura rebelde e (auto) sabotadora... o anti sistêmico.
Me perdi e então me restou somente me reencontrar.
Me reencontro me auto expondo em confrontamentos com minhas pseudo seguranças e minhas fortalezas de baralho. Me observando consigo me deparar com o real tamanho de mim mesmo... encaro meus demônios nos olhos...
Essa dimensão é diretamente proporcional ao meu potencial de crescimento diante da nudez das verdades, e se engrandece com minha vontade de entrega e aceitação de mim mesmo como a totalidade inserida na simplicidade de somente o que sou.
Sinto então a plenitude da verdade, e me coloco, dessa forma, em contato com o divino.
Eu diria: Este é um momento quase Àlvaro de Campos. Rs.
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